Como a população
brasileira resulta da união de muitos povos e cultura, seria natural que todos
valorizassem a nossa diversidade ética e racial. Infelizmente isso não
acontece. Persiste em nosso país, um racismo silencioso não declarado e até
negado por muitos.
No caso das mulheres
negras, além de vítimas da discriminação de sexo, também são discriminadas pela
cor.
De acordo com a
pesquisa realizada pela FIOCRUZ no município do Rio de Janeiro, as gestantes
negras (pretas + pardas) tem maior dificuldades nos cuidados com à saúde, assim
como as informações pertinentes.
Peregrinam em busca ao
atendimento ao parto 31,8 % (pretas), 28,8 (pardas) e 18,5% (brancas)
42,5% das brancas
puderam ter ao lado o marido ou alguém da família, enquanto isso foi permitido
apenas 27% das negras.
Essa pesquisa demonstra
ainda outras situações que desfavorecem as mulheres pretas e as pardas, no
acesso de consulta de pré-natal, a anestesia no momento do parto e aos cuidados
puerperais, independentemente do seu grau de escolaridade.
Para enfrentar esse
problema o Ministério de Saúde realiza a campanha de combate ao racismo institucional
no SUS, pois entende que o racismo institucional é o comprometimento da
qualidade do serviço prestado a pessoas
em virtude da sua cor, cultura, religião, origem racial ou ética.
O Ministério da Saúde
vem implementando a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da População
Negra, incluindo as seguintes iniciativas:
Criação do Comitê
técnico de saúde da população negra n o Ministério de Saúde.
Implementação da atenção
integral as pessoas com doença falciforme
e outras hemoglobinopatias.
Inclusão do “quesito
cor” nos sistemas de informações do SUS.
Melhoria das
informações e produção de estatísticas em saúde que incluam a “quesito cor” –
SIM, SISNAC e SINAN.
Ação estratégica em
saúde e saneamento para as populações
quilombolas.
Fortalecimento da
participação do movimento negro no
controle social do SUS.
Construção do pacto
pela promoção da equidade na saúde da população negra entre as três esferas da
gestão do SUS.
Essas iniciativas
contribuem para consolidação do SUS como uma política de inclusão social que
valoriza a diversidade da raça, cor, religião e local de moradia.
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