sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015
O Carnaval é comemorado em diversas partes do mundo e, no Brasil, pessoas de todas as idades e até mesmo de outros países se reúnem em festas características de cada região. O feriado possibilita encontros em cidades como Rio de Janeiro, Salvador, Recife, Minas Gerais ou até mesmo o Distrito Federal com seus tradicionais bloquinhos de rua. O clima é de diversão e, por isso, é importante estar sempre prevenido e atento às DSTs e aids. Este ano, o Ministério da Saúde lança a campanha de prevenção combinada, que reforça a importância dos jovens se prevenirem contra o vírus da aids não só usando camisinha, mas realizando o teste e, se der positivo, começar logo o tratamento, reforçando o conceito “camisinha + teste + medicamento”.
A turismóloga Mariana Sarciotto, de 31 anos, acredita que é importante se divertir, mas sem se esquecer da prevenção durante a folia. “O carnaval é momento de festa para todos, inclusive os soropositivos, e todos devem ter consciência de seus atos. Acho que o teste é uma boa forma de conscientização e já conversei muitas vezes com meus amigos sobre o fato de que a doença é transmitida mais facilmente do que se imagina. O teste deixa a pessoa com medo de ter um resultado positivo, o que a torna mais prudente no seu dia a dia”, defende. Dados do último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde apontam que das 734 mil pessoas que vivem com HIV e aids no Brasil atualmente 80% já receberam o diagnóstico.
Dados da Pesquisa de Conhecimentos, Atitudes e Práticas na População Brasileira (PCAP), apresentados durante o lançamento da campanha de prevenção às DST e aids para o Carnaval 2015, nesta quarta-feira (28), mostram que, apesar da maioria dos brasileiros (94%) saberem que a camisinha é melhor forma de prevenção às DST e aids, 45% da população sexualmente ativa do país não usou preservativo nas relações sexuais casuais nos últimos 12 meses.
O estudante Vitor Monteiro, 25 anos, acredita que algumas pessoas que não usam preservativo não pensam na possibilidade de contrair alguma doença. “Acho que os principais motivos que levam algumas pessoas a não usar a camisinha são porque elas não pensam nas consequências e também acham que é melhor sem. Eu sempre uso camisinha se não estiver namorando ou quando não conheço muito bem a pessoa”, revela.
A pesquisa apontou também um crescimento significativo de pessoas que relataram ter tido mais de 10 parceiros sexuais na vida. Esse percentual subiu de 19%, em 2004, para 26% em 2008, chegando a 44% no ano de 2013. O fotógrafo Gilberto Evangelista, 41 anos, opta por fazer o teste de forma regular, independente da quantidade de parceiros sexuais no período. “Sou muito preocupado com minha saúde em geral e, apesar de me proteger sempre, prefiro me garantir ainda mais fazendo o teste a cada seis meses ou cada ano, no mínimo. Acho que é importante para ficar seguro e consciente do meu status. Além disso, para poder tomar as providências necessárias o quanto antes no caso de uma possível infecção, e de redobrar meus cuidados, principalmente, em relação a terceiros”, ressalta.
Fonte: Blog da Saude